Arte e Cultura
  Esporte
  Cidade
  Educação
  Eventos
  Humor
  Entrevista
  Galeria Virtual
  Saúde
  Meio Ambiente
  Política
  Anuncie
  Expediente
 
 
  Um filme cheio de sensibilidade
Orlando Junior
       
             O curta-metragem Alma, do cineasta André Morais, é um desses filmes com história simples, direção simples e enredo simples, mais que, na soma de todos os quesitos, resulta num filme sensível, bonito, grande, que prende a atenção daquele expectador mais carrancudo.

             A história gira em torno de um dia na vida de uma menina e seu amadurecimento, já que ela vive num isolamento muito grande. “Eu não sei dizer como se iniciou a idéia do filme com precisão, ele surgiu de várias idéias que eu tinha e que, com minha entrada no curso de Comunicação Social, foram tomando forma”, diz o cineasta.

             Nem as dificuldades que foram surgindo no decorrer da produção, como a falta de dinheiro, foram capazes de desanimar o jovem diretor. ”O filme é independente, foi feito com o meu bolso e essa falta de recursos financeiros influenciou no tempo para ele ficar pronto, afinal esperamos quase três anos entre a idéia que eu tive e a montagem final, mas não reclamo dessa demora, pois com ela tive mais tempo para maturar a idéia e deixá-la mais rica”, conta André.

             O filme já percorreu várias festivais de cinema do país, ganhou prêmios e está sendo exibido constamente em bairros de João Pessoa. No ano passado foi escolhido para participar do projeto Cine Viagem Latino que exibe filmes brasileiros em universidades argentinas e uruguaias.

             Acessível, e sem os acessos de estrelismos da tão alardeada “nova geração do áudio visual paraibano”, André, nessa entrevista, que contou com a participação das estudantes de jornalismo Larissa Santos e Liliane Andrade, mostrou um amadurecimento muito grande para um diretor que fez seu primeiro filme. “É um filme simples, não é complicado, eu não quis passar mensagem nenhuma, o filme chega em todo mundo, e é legal ver como as pessoas se identificam com ele, independente de classes sociais, e era isso que eu queria, que o filme chegasse a todo mundo”, fala o diretor.

             Entrevista quase encerrada e a estudante-jornalista Larissa faz uma pergunta chave: “André o que a personagem Alma tem a ver como você?” A resposta não poderia ser mais direta: “A personagem tem muita semelhança com a minha infância, ainda hoje todos os questionamentos dela são meus, eu só não tenho tanta sensibilidade quanto ela”, finaliza André com um largo sorriso.


           
Publicidade
 

2005 © Todos os direitos resernados. Escrita Livre. Site desenvolvido por Diego Rodrigues, com colaboração de Aderbal Nunes.