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  Fabio Brito: O artista que pinta pelas mãos de Deus
Orlando Junior

          Uma viagem a Campina Grande! Uma criança em busca de seu sonho! Um assalto! 11 anos para superar o trauma!

         
Visto dessa forma essa história até poderia parecer roteiro de um filme, mas de fato ela aconteceu: "Eu tinha 13 anos e estava fazendo um curso de arte em Campina Grande quando fui assaltado! Eu fiquei tão traumatizado com o acontecido que sufoquei o sonho de criança".
          Essa história aconteceu com o artista plástico Fábio Brito e hoje, passados 13 anos e uma infinidade de trabalhos depois, ele está expondo na Igreja do Rosário, fazendo parte da programação da 3ª Semana Cultural de Cabaceiras. "Há mais ou menos dois anos eu decidi voltar e continuar a lutar pelo meu sonho de criança", confessa.

         
E parece que o rapaz está conseguindo alcançar os primeiros objetivos de uma carreira que promete. No concurso A Liberdade está em suas mãos", patrocinado por uma operadora de TV a cabo, ele conseguiu ficar em 17º lugar na categoria desenho enfrentando mais de 200 competidores. O tema do concurso era expressar a liberdade, ironicamente a liberdade, que anos atrás, ele quase perdeu.

          Seu trabalho está baseado em imagens sacras e paisagens contemplativas. Católico por formação, ele observa um fundo de evangelização em sua obra: "Na verdade existe um fundo de evangelização no meu trabalho, eu me preocupo com isso e as pessoas se sentem bem em admirar minha arte", diz o artista.
          Talvez Fábio não tenha percebido, mas o assalto pode ter transformado a criança insegura num homem forte e artista determinado e sensível. Seu trabalho transmite uma paz serena, é como se fosse um calmante natural para o corre-corre da vida cotidiana.

         
Talvez Fábio não tenha percebido, mas o assalto pode ter transformado a criança insegura num homem forte e artista determinado e sensível. Seu trabalho transmite uma paz serena, é como se fosse um calmante natural para o corre-corre da vida cotidiana.

         
Usando a técnica de óleo sobre tela, mas com alguns artifícios como colagem de tecidos, materiais minerais e texturas, sua criatividade vai surgindo de acordo com a necessidade da pintura que ele quer representar. Fã de artistas como Van Gogh e Pablo Picasso, Fábio tem a humildade de reconhecer que não conhece muitos artistas: "Eu passei muito tempo afastado, na verdade conheço poucos artistas, mas sei que tem muita gente boa por aí e eu preciso conhecê-los", confessa.

         
Mas o grande salto, talvez o impulso que faltava, ainda estava por vir. Concorrendo com 5.300 desenhos enviados de todo o Brasil ele conseguiu ser o grande vencedor da promoção Cultural Fiat Doblò. Dando asas a sua imaginação, e ao carro patrocinador do concurso, ele conseguiu se destacar entre artista mais experientes e de centro mais desenvolvidos: "A minha vontade de ganhar era tão grande que eu não parava de pensar nisso e no fundo eu sabia que alguma coisa muito boa ia acontecer, e graças a Deus eu consegui, eu venci", enfatiza com um largo sorriso.

       Outro diferencial no trabalho de Fábio é que ele pinta em plena exposição: "Isso dá uma credibilidade a mais para o meu trabalho, está desenhando enquanto as pessoas olham meu trabalho é sensacional, além do mais existe uma interatividade entre as partes, pena que eu não possa fazer isso em todas as exposições de que participo", finaliza.
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