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  Cenário favorece “continuísmo” na política paraibana
Heron Cid
       
             O bilateralismo da política paraibana, emblematicamente representado pelos grupos Cunha Lima e Maranhão, tende a ter continuidade ainda por um bom tempo. Revezando-se no poder desde o começo dos anos 90, década em que a Paraíba foi governada por Ronaldo Cunha Lima (1990-1994), Antônio Mariz (1995), José Maranhão (1996-2002) e Cássio Cunha Lima (desde 2002), os dois grupos até agora não encontraram nenhuma “pedra no meio do caminho” para tirá-los do centro da cena política paraibana.

             Raros são os movimentos em direção a uma terceira candidatura consistente como forma de alternativa para alguns setores do estado, cansados do vai e vem Cunha Lima X Maranhão. A iniciativa, em tese, deveria partir dos partidos de esquerda que concentram nos seus estatutos e discursos um apelo para a derrubada dos coronéis políticos responsáveis pela manutenção das elites no comando dos governos. Mas não é o que vem acontecendo.

             Hoje a maioria dos partidos de esquerda está atrelada a candidatura prévia do senador José Maranhão (PMDB), entre eles, PSB e PcdoB. O PPS sinalizou para uma candidatura própria, mas logo teve suas asas cortadas pela direção nacional, que sumariamente dissolveu a executiva estadual, defenestrando Hermano Nepomuceno da presidência regional da legenda para entregá-la ao deputado estadual cassista Rômulo Gouveia.

             Hoje depois de vários capítulos da novela no PPS, percebe-se que a sigla não tinha tanta certeza assim se queria candidatura própria, já que os seus antigos dirigentes se filiaram, em massa, ao PSB de Ricardo Coutinho, um dos grandes aliados da candidatura de Maranhão.

             A única esperança de uma terceira via vem agora depois da eleição do deputado estadual Frei Anastácio para presidência estadual do PT. Desde o começo da disputa, o frade deixou explícito que, se eleito fosse, daria prioridade ao debate sobre uma candidatura solo, e marginalizaria a política de alianças.

             Mas mesmo assim, essa possível candidatura própria do PT já começa descaracterizada: gente como Júlio Rafael, deixa transparecer, a intenção de uma candidatura “laranja” petista para beneficiar o governador Cássio Cunha Lima. O objetivo da postulação do PT seria bater pesado no ex-governador José Maranhão e tirar votos do senador peemedebista para ajudar o “menino de campina” a governar a terra dos tabajaras por mais quatro preciosos anos.

             A submissão dos partidos paraibanos deixa os nossos consolidados caciques políticos em situação de extremo conforto, serenos e sem nenhuma ameaça consistente de seus planos serem atrapalhados pela rebeldia de algum “partidinho metido a besta”.



           
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