Orlando
Junior
Os
números apresentados pelas últimas pesquisas
publicadas no Jornal Correio da Paraíba confirmam
o que se ouve pelas ruas: os candidatos do PMDB ao
governo (Maranhão) e ao senado (Ney), a preço
de hoje, estariam eleitos. De acordo com os dados
da Consult, empresa responsável pela pesquisa,
Maranhão continua estável no patamar
dos 46% das intenções de votos contra
aproximadamente 35% de eleitores simpáticos
ao nome do atual governador e candidato à reeleição,
Cássio Cunha Lima (PSDB).
Desde
dezembro, quando foram divulgadas as primeiras aferições,
o senador peemedebista se mantem com 10 pontos percentuais
de maioria em relação ao seu principal
algoz. Mesmo com a ampla vantagem detectada pela
Consult, Maranhão não dá descanso
ao governador e tem colocado o seu time em campo
na ofensiva com duros ataques ao governo, numa tentativa
nítida de desgastar ao máximo o adversário.
Por
outro lado, Cássio utiliza ao extremo a máquina,
já cambaleada, do Estado para reverter o
favoritismo do ex-governador. E tome Ciranda de
Serviços, Boa Nova e A Casa é Sua,
além de múltiplas inserções
no horário nobre da televisão mostrando
as obras e ações governamentais. Aquele
garoto propaganda que circula por toda a Paraíba
realmente é o melhor auxiliar de Cássio
neste governo. Ninguém estranhe se daqui
a pouco o ator não for canonizado pelo grupo
Cunha Lima caso venham a ganhar as eleições
deste ano.
Na
disputa ao senado, o cenário não é
diferente. O senador Ney Suassuna consegue nas pesquisas
se manter a distância de cerca de 15 pontos
percentuais frente ao ex-prefeito de João
Pessoa Cícero Lucena (PSDB), pré-candidato
ao senado federal pelo tucanato paraibano. Ney colhe
os frutos de seu desempenho na liderança
do PMDB que rende prestígio junto ao governo
federal traduzido em liberação de
verbas para quase todos os municípios do
estado. Com uma base invejável de prefeitos,
o senador inve$te pesado para manter os alcaides
sob seu controle.
Cícero,
asfixiado pela as conseqüências de sua
prisão pela Polícia Federal, não
ultrapassa o patamar de 25 % nas pesquisas. Sem
bases eleitorais fora da região metropolitana
da capital e desgastado pelas denúncias que
responde na Justiça de desvio de verbas e
superfaturamento de obras, o ex-prefeito pessoense
é desacreditado por muitos aliados da base
do próprio governador Cássio, que
insistem na mudança de nome para disputar
ao senado. Nesse caso, o presidente da Assembléia
Legislativa, Rômulo Gouveia é apontado
como alternativa.
Esse
xadrez político para muitos já está
definido, para outros o negócio só
começa pra valer em junho, depois das convenções
onde sairão definitivamente os nomes e chapas
que disputarão o controle da sofrida pequenina.
Pra falar a verdade, nossa terrinha merece muito
mais do que verde e vermelho. Na busca pelo arco-íris
de boas opções políticas, ainda
estamos bem distantes, infelizmente.